Difícil saber se vive a se acovardar quem tem medo de assumir coisas pequenas e simples, mas não sabe jogar sem apostar alto sempre. Sou como pobre na enchente, nada tenho para por nessa mesa de apostas mesmo assim ela sempre me tira tudo.
Procuro na memoria onde está o ponto em que me perdi. Dei tantos passos em falso até aqui, horas não via o lado certo a seguir, outra me neguei segui-lo. Então tenho que procurar um começo, porque não foi um ponto, já é uma estrada continua...
Olhando para a pessoa sem vínculos e emoções aparentes é fácil julgar o que se vê como racional e seguro. Tão fácil quanto errado, só se notou a casca fina como de um bolha feita pelo calçado novo quando foi mal escolhido para uma ocasião inapropriada. Tão fina essa pele que cobre para a quantidade de "coiso" que tem dentro, e nem é preciso cutucar muito para perceber a fragilidade que cobre essa bolha perdida.
Nem penso.
Corro para saciar a vontade e seguir a instinto, esperando me sentir mais viva, por vezes na sorte isso acontece, me sinto viva e o ar entra doce, sempre custa caro, só que para quem paga para amargar antes durante e depois, essas vezes são lucros.
Se pensasse como deveria correria o risco de perder o bonde por não ter tomado a decisão a tempo (?)
Tomei o bonde e dele só levei a conclusão clichê de se conformar com um lição (que raramente são usadas).
Minha conformidade é apostar novamente que no caminho eu posso não encontrar a sorte e ganhar apostas, mas conheci gente, todas diferentes, todas sentem diferente. Será que que eu consegui ser como quem me queimou com ferro? se eu fui hoje sou pior, não carrego culpa sobre o destino de ninguém só sobre o meu e sobre o mal que me faço. Se houveram outros feridos sou pior a quem odeio pois nem ao menos eu vejo.
Eu chego onde já estive, para viver a vida que já não é mais a minha porque eu já errei de novo e mudei tudo também, agora do avesso estou voltando com a sensação toda de perda, tola porque não se perde o que nunca te pertenceu.
Realmente não acredito quando pessoas repetem automaticamente se arrepender apenas pelo que não fizeram. Simplesmente justifico porque não tive a mesma oportunidade de errar dessa forma, e mesmo assim passaria até pelo que foi totalmente ruim de novo. É perca de tempo pensar assim no tempo, pois ele também não me pertence.
Se foram o dias e nada foram além do que vivi, a verdade pertence o somente a nossa própria consciência, sempre temo arriscar pela verdade dos outros.Caberia então cada um fazer sua própria conclusão sobre o que seus olhos testemunharam.
A verdade ali vai dizer que plantou para que pudesse ver o que ira colher, ou nesse caminho não passará mais. Porque são assim que as aventuras acabam: na memoria.
E FIM!
http://www.youtube.com/watch?v=0VIL0T5gKAQ
"Faz agora um mês, que o Juca morreu,
A saudade constante o pobre venceu, Mas todas as tardes a Rosa formosa,Sobre a campa do Juca, vai por outra rosa."
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